MISSÃO SEM EVENTO


Marquem uma data no calendário, escolham os cantores  e pregadores que cobram os cachês mais caros, afinal, eles fazem isso exatamente  porque sabem que atraem a multidão, que os organizadora precisam para entreter o povo e recolher suas ofertas. 


E não importa que nenhum  dos cantores  ou palestrantes tenham experiência missionária, o importante é reunir o povo e fazer a festa. 


Missões como evento é uma coisa. Missões realidade é outra. 


Mas, que se importará com isso? 


Se o evento é formulado para oferecer muitas mensagens de alto estímulo, os participantes vão receber muitas de coisas boas e benefícios que todos desejam ter. 


Quem afinal, vai em um congresso de missões esperando que com os perdidos que estão nos confins da terra seja alcançados? 


Mas, lembrem-se que alguma coisa precisa ter algum aspecto missionário, por isso nos dias  antecedem ao evento ensaiam coreografias alusiva as nações, e procurem fazer alguma representação com pessoas vestida  com trajes  diferentes, asiáticos, africanos, ponha algum para representar os esquimós. 


Aproveitem o talento teatral de seus membros, e caprichem nos disfarces, e na apresentação para no final obter as palmas da plateia e o agrado do público que depois do culto, poderão cumprimentar os que se apresentaram.


  • Se apresentaram.


Isso já pode definir o evento. Homens apresentando a si mesmos, cuidando de seus interesses de ganhos e promoções. 


Os que cobraram para participar, e os que pagaram a conta de tudo. Disseram-me que há um congresso de missões, que os pregadores fazem questão de participar porque o evento é grande, eles ficam famosos e isso lhes sobe o cachê para outras agendas. 


Justiça seja feita, nem todos os eventos são inúteis, e há evento missionária que executa o trabalho nos intervalos. 


Mas, precisa só ser reais, há muitos eventos sem nenhuma estratégia missionária, nenhum testemunho real do que está acontecendo nos campos, não se fala dos desafios, atuais que a igreja precisa enfrentar, e geralmente as ofertas recolhidas no evento concede valores para pagar os cachês dos pregadores e cantores convidados, custear  as despesas do próprio evento, e talvez conceder algum lucro para a igreja local avançar nas suas construções. Eles pode também investir na evangelização local, porque sempre o homem de Deus que cuida do rebanho está precisando ter um aumento, se trocar de carro por um melhor, e os eventos são meios arrecadadores. Nada mais. 


Mas, o evento é as mensagens que foram pregados, foi inútil? 


Claro que não. As pessoas foram abençoadas, algumas rodopiaram, caíram no chão, receberam profecias, que vão ter a casa dos seus sonhos, e que neste próximo ano de intervalo até o próximo evento, as coisas vão dar certo, na família, nos negócios, na saúde, e eles acreditaram nisso, confirmando com as ofertas sacrifícios que lhe foram sugeridas a dar, para que as coisas  acontecem ainda com mais rapidez. 


E quanto isso, bem longe dali, nos campos missionários da terra, nas aldeias da África, ou os para os missionários que estão trabalhando em países de primeiro mundo, no chão das fábricas, ou no canteiro de obras para manterem suas famílias, enquanto tentam fazer a Obra que o Senhor lhes comissionou fazer, nada muda, nenhuma chamada, nenhuma remessa, mas, a cada alma que é evangelizada, que se converte e é batizada, a missão está sendo feita. 


Sem os eventos pirotécnicos, mas, com muita garra, amor, sofrimento e resultados para a vida eterna dos que vão sendo alcançados e salvos.


E enquanto um outro evento missionário que será planejado  pelos ‘magnatas do evangelho’ será realizado somente no próximo ano, nos distantes campos da terra, o missionário segue sua rota, vencendo os seus desafios diários, sem nenhum  ajuda que venha de fora, os 365 dias do ano. 


E se alguém lhe perguntar qua o motivo da igreja não ter conseguido conquistar os confins da terra. Tente explicar isso. 


E se preferir, faça diferente. 


Ou seja; decida faça missões fora dos eventos.